Revista de Morfologia Urbana http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu <p><span style="font-weight: 400;">A Revista de Morfologia Urbana (RMU) é uma publicação científica bianual da <a title="PNUM" href="https://pnum.fe.up.pt/pt-pt/inicio?set_language=pt-pt" target="_blank" rel="noopener"><em>Portuguese-Language Network of Urban Morphology</em> (PNUM)</a> voltada para pesquisadores que buscam avançar o estado da arte sobre a forma urbana como materialização de processos sociais e históricos, em ativa interação com agências e experiências urbanas.</span></p> pt-BR <p>Os direitos autorais permanecem com os autores, que autorizam a Revista de Morfologia Urbana a publicar o artigo sob uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/deed.pt_BR" target="_blank" rel="noopener">Creative Commons Atribuição (CC-By)</a>.</p> revistademorfologiaurbana@gmail.com (Editoria da Revista de Morfologia Urbana) revistademorfologiaurbana@gmail.com (Renato Saboya) Sun, 03 Mar 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.3.0.7 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Editorial SintaxeBRASIL http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/370 <p>.</p> Valério Medeiros, Frederico Holanda Copyright (c) 2024 Valério Medeiros, Frederico Holanda https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/370 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Mapas configuracionais com o Open Street Map e QGIS http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/351 <p>Mapas axiais vêm sendo progressivamente substituídos por mapas do tipo “Road Centre Line” (RCL) como o Open Street Map, devido a uma maior facilidade de obtenção dos dados e preparação do mapa base para as análises quantitativas da Sintaxe Espacial. Com a oferta de ferramentas gratuitas, isso vem sendo cada vez mais acessível a um maior número de pesquisadores e pesquisadoras. Entretanto, esse processo ainda gera dúvidas e desafios aos(às) usuários(as), especialmente quando se deseja que ele seja automatizado para evitar retrabalho e possibilitar a reprodução por outros interessados. Nesse contexto, testamos três ferramentas gratuitas para a preparação e elaboração de mapas configuracionais – Space Syntax Toolkit (SST), PST e sDNA –, comparando suas funcionalidades, pontos fortes e pontos fracos. Para isso, usamos uma amostra em Florianópolis e percorremos todas as etapas do processo, com especial ênfase para a filtragem e seleção das vias e a preparação geométrica para adequação ao formato necessário para os cálculos sintáticos. Ao final, comparamos as medidas de Integração Global alcançadas pelas três ferramentas, demonstrando que os resultados são muito similares, e sugerimos um fluxo de trabalho para automatizar esse processo através de modelos gráficos do QGIS, que podem ser reutilizados, aprimorados e ajustados para contextos específicos.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.351&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-21" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Renato Saboya Copyright (c) 2024 Renato Saboya https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/351 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Teoria da Sintaxe Espacial (TSE) e Caminhabilidade: http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/353 <p>A combinação da Teoria da Sintaxe Espacial (TSE) e do conceito da Caminhabilidade se destaca como uma abordagem inovadora para compreender a organização do espaço urbano e seu impacto na mobilidade a pé. Este estudo busca explorar a interseção entre TSE e Caminhabilidade, destacando como esses conceitos se complementam para compreender a relação entre a forma urbana, as conexões das redes de pedestres e a acessibilidade em áreas urbanas. Em especial, a TSE fornece ferramentas valiosas para avaliar a integração e conectividade das redes viárias e sua influência na caminhabilidade. Uma revisão sistemática de 13 (treze) estudos que aplicaram essas abordagens em diferentes contextos urbanos revelou que a forma urbana desempenha um papel crucial na moldagem da caminhabilidade, afetando a acessibilidade, a segurança e o conforto dos pedestres. Embora as pesquisas tenham apontado algumas limitações, como a falta de consideração de fatores específicos e a realização de estudos em áreas geograficamente restritas, elas contribuíram para o desenvolvimento de modelos estatísticos e metodologias para aprimorar a caminhabilidade em várias cidades, principalmente as europeias. Portanto, é recomendável expandir essas análises para diferentes contextos urbanos, especialmente em cidades brasileiras, para promover um planejamento urbano mais eficiente e sustentável.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.353&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-25" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Juliana Ozelim, Frederico de Holanda Copyright (c) 2024 Juliana Ozelim, Frederico de Holanda https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/353 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Mudanças na habitação estudantil http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/356 <p>A habitação voltada para estudantes universitários tem se destacado como um segmento de mercado lucrativo em diversas áreas urbanas. A concentração de residências estudantis privadas em cidades comumente conhecidas como "universitárias" tem sido objeto de investigação sob a perspectiva das teorias de estudantificação (studentification), desenvolvidas no campo da Geografia a partir dos anos 2000. Este artigo aborda o fenômeno da estudantificação na cidade de Viçosa, Minas Gerais, ao longo das últimas três décadas (1990-2020) e analisa como o mercado imobiliário tem influenciado a produção habitacional destinada a estudantes universitários na cidade. Especificamente, o foco recai sobre a construção de edifícios de apartamentos localizados em proximidade a instituições de ensino superior. A hipótese em questão sugere que os processos de estudantificação gradualmente transformam os padrões habitacionais e a configuração espacial das moradias, direcionando a produção para modelos de habitação cada vez mais individualizados. A pesquisa se fundamenta na análise da configuração espacial de apartamentos, empregando abordagens morfológicas e sintático-espaciais. Os resultados revelam uma progressiva redução das áreas úteis e do número de cômodos nos apartamentos, uma sobreposição de funções em ambientes, bem como a eliminação de áreas de circulação e espaços de convivência nas residências estudantis.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.356&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-21" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Maressa Fonseca e Souza, Neide Maria de Almeida Pinto Copyright (c) 2024 Maressa Fonseca e Souza, Neide Maria de Almeida Pinto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/356 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Transformações urbanas (1990-2020) e relações entre formas, usos e movimento no Bairro Miramar, João Pessoa, PB. http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/358 <p>Este artigo identifica transformações urbanas e relações entre formas, usos do solo e movimento no Bairro Miramar em João Pessoa – PB, nas últimas três décadas. Localizado em uma das avenidas estruturantes da cidade com vista-mar, o bairro Miramar passou por muitas transformações recentes, atraindo o mercado imobiliário para a área. Esse estudo se baseia na teoria da Sintaxe Espacial, alinhado à teoria do movimento natural. O estudo foi feito através de mapeamentos comparativos entre 1990 e 2020, relacionando características dos conjuntos edilícios (tipo, interface, gabarito) e usos do solo, com centralidades na malha urbana, utilizando mapas axiais e de segmentos e gráficos de correlação. Em uma análise mais específica foram selecionadas cinco ruas diferentes com centralidades similares, contabilizando o movimento de pedestres e automóveis. Resultados identificaram um aumento de edificações multifamiliares; uma tendência de renovação edilícia em vias mais centrais; um aumento do número de comércios e serviços em ruas integradas, corroborando a teoria do movimento natural. Ao contabilizar o movimento de passantes, foi constatado que ruas com mais diversidade de uso apresentaram mais movimento, ao contrário de ruas monofuncionais com edificações verticalizadas do “tipo isolado”, apontando indícios de efeitos negativos das edificações recentes à vitalidade urbana.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.358&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-21" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Mariana Daltro Leite Medeiros Copyright (c) 2024 Mariana Daltro Leite Medeiros https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/358 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Percursos históricos das festas religiosas no Recife http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/359 <p>O presente trabalho mostra a relação entre morfologia e festa religiosa utilizando a sintaxe espacial para descrever a estrutura de algumas das principais procissões religiosas da cidade do Recife. A história urbana mostra que as cidades brasileiras, assim como as do Nordeste, configuraram seus espaços sobre a influência da passagem das celebrações católicas. A ideia central do trabalho é compreender como os percursos das procissões, por meio dos “espaços de escolhas” produzidos pelos transeuntes e devotos, podem ser compatíveis com os eixos de deslocamento e visibilidade em formas de linhas ou trechos retilíneos das ruas. As ligações das linhas na sintaxe espacial são feitas sempre entre caminhos mais curtos, assim como a lógica dos percursos festivos, sinalizando uma possível relação de aproximação entre as duas lógicas. A forma sinuosa da procissão, sobreposta nas linhas axiais, pode revelar também se existe algum nexo topológico no percurso festivo que seja, ao menos, transversal aos elementos que se inscrevem na forma urbana (integração local e global e escolha normalizada e integração normalizada), evidenciando que a rua brasileira sempre foi um espaço vivo de encontros.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.359&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-25" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Magna Lícia Barros Milfont, Rafaella dos Santos Cavalcanti , Circe Maria Gama Monteiro Copyright (c) 2024 Magna Lícia Barros Milfont, Rafaella dos Santos Cavalcanti , Circe Maria Gama Monteiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/359 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Produção do espaço e segregação socioespacial http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/360 <p>A expansão física das cidades pautada nos interesses do mercado imobiliário privado têm contribuído de forma significativa para o aumento das desigualdades e a segregação socioespacial. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar a configuração urbana da cidade de Santa Cruz do Sul, cuja produção do espaço tem tido como foco condomínios fechados de alto padrão, a fim de verificar sua relação com a distribuição socioeconômica por meio da teoria da Sintaxe Espacial. Os resultados encontrados demonstram que a população de maior renda, residente em condomínios fechados localizados em áreas periféricas, se encontra ainda mais segregada que a população de menor renda, em grande parte, fruto da fragmentação do tecido urbano. Neste caso, a segregação socioespacial existente é fortemente caracterizada pela escolha dos ricos em se separar dos demais, um processo denominado autossegregação.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.360&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-22" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Amanda Eloísa Kasburger, Luis Guilherme Aita Pippi, Raquel Weiss Copyright (c) 2024 Amanda Eloísa Kasburger, Luis Guilherme Aita Pippi, Raquel Weiss https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/360 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Padrões do veraneio http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/365 <p><em>Este estudo investiga padrões socioespaciais em praias de Itamaracá, ilha localizada na Região Metropolitana do Recife (PE). Reconhecida pelos seus atrativos paisagísticos e pelo fácil acesso à capital, a ilha desempenhou um papel significativo no turismo entre as décadas de 1980 e 1990, com a disseminação de residências de veraneio pela classe média metropolitana no seu território. Apesar da intensa exploração imobiliário-turística, estudos apontam uma evasão do turismo na atualidade, enquanto parte da mídia e o senso comum perpetuam uma visão negativa sobre a ilha. Diante desse debate, a pesquisa objetiva aprofundar a compreensão do atual panorama da Ilha de Itamaracá a partir de um estudo socioespacial, apoiando-se na Teoria da Lógica Social do Espaço (Sintaxe) e em dados censitários do IBGE referentes ao ano de 2010, considerando variáveis como renda e densidade demográfica. O estudo revelou complexidades do território e da distribuição de diferentes grupos sociais na Ilha. A proximidade relativa ao mar caracteriza distinção dos mais ricos, que se distribuem em duas maneiras: alguns preferem áreas de alta acessibilidade priorizando o acesso a serviços, enquanto outros buscam maior reclusão através de um processo de segregação voluntária; já os com rendas mais baixas tendem a se localizar no interior do território</em>.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.365&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-24" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Ricardo Barros Bezerra Júnior, Lucy Donegan, Lucas Figueiredo Copyright (c) 2024 Ricardo Barros Bezerra Júnior, Lucy Donegan, Lucas Figueiredo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/365 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Uma ponte para quem? http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/367 <p>O estudo apresentado neste artigo está inserido no campo investigativo da Análise Sintática do Espaço, em particular quanto ao emprego de simulação de mudanças na configuração urbana por meio da investigação de possíveis impactos socioespaciais da construção de uma nova ponte em Natal. O problema de pesquisa centra-se em identificar ganhos e perdas de acessibilidade após realizadas as intervenções e em questionar quem seria o público mais favorecido com tais mudanças. Para tanto, foram modeladas representações (mapas de segmentos) da malha viária da área urbana contínua de Natal, simulando-se um cenário transformado pela introdução da ponte. Valores de acessibilidade origem-destino (NAIN) e de atravessamento (NACH), referentes às situações de antes e depois, foram comparados a dados censitários relativos a padrões de distribuição de renda em Natal. Os resultados apontam para a redistribuição de vetores de alta integração da periferia para o centro geométrico (bairro Potengi) da Região Administrativa Norte de Natal, e para o aumento da acessibilidade em áreas antigas de ocupação (Cidade Alta e Alecrim), potencialmente estendendo-se ao sítio definido como o centro histórico de Natal (Cidade Alta/Ribeira). O atual centro topológico da cidade, na região Leste/Sul, mais rica economicamente, é fortalecido. Como exposto em estudos anteriores, alguns referidos neste artigo, os efeitos de ganho de acessibilidade em centros antigos têm suscitado transformações às vezes radicais do cenário construído, raramente condizentes com a noção de preservação de bens culturais.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.367&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-25" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Ítalo Maia, Alexandre Castro, Edja Trigueiro, Valério Medeiros Copyright (c) 2024 Ítalo Maia, Alexandre Castro, Edja Trigueiro, Valério Medeiros https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/367 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Tentáculos, Blocos e Eixos http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/368 <p>O crescimento urbano disperso proveniente de interesses políticos e econômicos provoca prejuízos socioambientais significativos. Com base na premissa, o objetivo do presente trabalho consiste em compreender o processo de crescimento urbano de Aracaju, capital do estado de Sergipe, lido a partir de uma perspectiva morfológica/configuracional, e discutir suas implicações para a sociedade. Como instrumental metodológico, utilizam-se subsídios oriundos da história urbana confrontados com modelagens configuracionais diacrônicas do município e da região metropolitana, produzidas segundo a Sintaxe do Espaço (Teoria da Lógica Social do Espaço). Como resultado, observa-se que a cidade apresenta, ao longo de sua existência, duas configurações distintas de malha urbana: áreas centrais compactas, conectadas, ortogonais e com alto nível de integração global; e, áreas periféricas lineares (sentido norte e sul), com ocupação dispersa, fragmentadas e com baixa acessibilidade, proveniente de “blocos urbanos” com baixos níveis de integração global, cercados de espaços livres.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.368&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-25" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Lina Martins de Carvalho, Valério Augusto Soares de Medeiros, Rômulo José da Costa Ribeiro, Marecilda Sampaio da Rocha Copyright (c) 2024 Lina Martins de Carvalho, Valério Augusto Soares de Medeiros, Rômulo José da Costa Ribeiro, Marecilda Sampaio da Rocha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/368 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Caracterização das tipologias de casas tradicionais luso-brasileiras por meio da integração visual http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/369 <p>Este trabalho analisa as diferenças morfológicas na arquitetura tradicional urbana luso-brasileira entre as tipologias de casas correntes e de casas senhoriais, no período que vai da metade do século XVIII até o início do século XX. O recorte privilegia o universo mais uniforme e conservador dos estados do Rio de Janeiro, Goiás (incluindo Tocantins) e Minas Gerais. O estudo identifica características estruturantes de cada uma das duas séries morfológicas. Enquanto a maioria dos estudos anteriores se concentra na análise de grafos para avaliar as conexões topológicas entre ambientes individuais, esta pesquisa adota a análise de integração visual, que enfatiza os centros morfológicos dos espaços. Os resultados evidenciam como a análise de integração visual confirma a congruência entre a composição espacial das casas correntes e senhoriais e os atributos da vida social próprios a cada uma dessas tipologias. Tais atributos são a localização do convívio familiar nos fundos da casa corrente e, em contraste, a primazia dos espaços de recepção e representação na parte dianteira das casas senhoriais.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.369&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-26" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Pedro Paulo Palazzo, Eduarda Toscano de Carvalho Copyright (c) 2024 Pedro Paulo Palazzo, Eduarda Toscano de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/369 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 Espaços gourmet em moradas brasileiras http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/366 <p>Neste artigo se investiga o espaço gourmet, protagonista de um novo ambiente social que atua como locus de ostentação em residências de classe média e alta brasileira. Três tipos de moradias contemporâneas no Nordeste foram analisadas em suas propriedades morfológicas – configuração espacial, campos visuais, aspectos geométricas e topológicas a fim de compreender possíveis relações entre essas propriedades e modos de morar. O estudo foi realizado à luz da literatura sobre residências brasileiras, com foco na relação entre os espaços de lazer e o arranjo espacial geral, empregando-se recursos da teoria e das ferramentas de análise da Sintaxe do Espaço e de técnicas complementares como as isovistas. Os resultados mostram que o espaço gourmet está crescentemente presente nas moradias, como expressão inequívoca de afirmação do lazer - de um desejado ambiente que une o cozinhar e o recepcionar, numa direção contrária à segregação historicamente firmada em ambientes de serviço, dada sua visibilidade nos arranjos contemporâneos. Um movimento que começa pela integração da cozinha ao social, e parece tornar a ação de receber e cozinhar, mediada pela persona do gourmet, no próprio ato social.</p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.366&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-04-01" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Edja Trigueiro, Andreia Umbelino, Fernando Morais, Silvio Filgueira Neto Copyright (c) 2024 Edja Trigueiro, Andreia Umbelino, Fernando Morais, Silvio Filgueira Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/366 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300 O funil, a peneira e o modelo http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/349 <p>Em resposta à enorme demanda por habitação no sudeste da Inglaterra e à preocupação com a manutenção do caráter local em novos empreendimentos, este artigo descreve uma tentativa de apresentar os conceitos de morfologia urbana aos gestores de projeto de uma grande empresa construtora. Eles, assim como os planejadores que os controlam, tendem a se concentrar exclusivamente nos detalhes da construção, negligenciando as ruas e os lotes. Os conceitos são introduzidos de forma simplificada a fim de torná-los aplicáveis com recursos limitados. São usados para produzir um modelo de uma área que é adaptado de acordo com as condições legais e de mercado locais. Os resultados demonstram a influência das normas viárias na determinação da forma urbana e levantam dúvidas sobre a utilidade do quarteirão nos procedimentos de projeto.</p> <p> </p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.349&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-01" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Sue McGlynn , Ivor Samuels; Karin Schwabe Meneguetti Copyright (c) 2024 Sue McGlynn , Ivor Samuels; Karin Schwabe Meneguetti https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/349 Sun, 03 Mar 2024 00:00:00 -0300 Mapeamento do processo de evolução urbana do Complexo da Maré, Rio de Janeiro. http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/336 <p>O Complexo da Maré, localizado na cidade do Rio de Janeiro, ocupa uma estreita faixa de terra limitada por duas importantes rodovias, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. O Morro do Timbau, sua primeira comunidade, recebeu as primeiras construções por volta de 1940. As palafitas podem ser apontadas como sistema de moradia primário na região, dada a possibilidade de “criar terra” em um panorama de escassez de espaço para novas moradias. A configuração territorial atual incorpora sucessivos e sistemáticos processos de aterramento. O aterramento nas regiões de palafitas foi inicialmente realizado por moradores e posteriormente se deu por intervenção do poder público. Este processo promoveu o estreitamento do braço de mar que separava a Ilha do Fundão do continente. Este artigo apresenta o mapeamento da forma urbana, envolvendo uma complexidade de ações e atores. O dinamismo no processo de evolução urbana fez com que as 15 comunidades que hoje compõem o Complexo da Maré possuam características territoriais distintas entre si, estampando uma diversidade e riqueza de configurações espaciais dentro de uma mesma extensão territorial.</p> <p> </p> <p><a title="Crossmark" href="http://crossmark.crossref.org/dialog/?doi=10.47235/rmu.v12i1.347&amp;domain=pdf&amp;date_stamp=2024-03-01" target="blank" rel="noopener"> <img src="https://crossmark-cdn.crossref.org/widget/v2.0/logos/CROSSMARK_Color_square.svg" alt="" width="60" /> </a></p> Lucivaldo Dias Bastos, Patricia Regina Chaves Drach Copyright (c) 2024 Lucivaldo Dias Bastos, Patricia Regina Chaves Drach https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/336 Sun, 03 Mar 2024 00:00:00 -0300 7° Workshop PNUM http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/371 <p>.</p> Ana Claudia Duarte Cardoso Copyright (c) 2024 Ana Claudia Duarte Cardoso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/371 Thu, 04 Apr 2024 00:00:00 -0300