Interferências da forma urbana na dinâmica da temperatura intra-urbana
PDF

Palavras-chave

temperatura intra-urbana
forma urbana
Fracção de Céu Visível
desenho urbano
estabilidade / instabilidade atmosférica

Como Citar

CHAVES DRACH, P. R.; EMMANUEL, R. Interferências da forma urbana na dinâmica da temperatura intra-urbana. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 55–70, 2017. DOI: 10.47235/rmu.v2i2.19. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/19. Acesso em: 3 maio. 2024.

Resumo

As perspectivas de mudanças climáticas e suas possíveis consequências recomendam o desenvolvimento de estratégias para mitigar problemas relacionados ao sobreaquecimento urbano. O presente estudo tem como objetivo examinar a interferência da forma urbana, aferida pela Fracção de Céu Visível (Sky View Factor, SVF), sobre as variações na temperatura intra-urbana na cidade de Glasgow, Reino Unido, uma cidade de clima frio. 49 pontos de medição foram locados no centro da cidade e foram desenvolvidas 31 campanhas de coleta de dados, durante a primavera e o verão de 2013. Para cobrir uma grande área dentro de um tempo relativamente curto, foi utilizado o método de ‘transecto’ com rotas pré-determinadas, a pé e de bicicleta. O software ArcGIS foi utilizado para visualização dos resultados. Os resultados indicam que a variação da diferença da temperatura intra-urbana está fortemente relacionada à estabilidade atmosférica, sugerindo que esta tem realmente um importante efeito nessa variação. O estudo conseguiu apontar ainda, conforme esperado, que a vegetação e os materiais de cobertura urbana desempenham um papel importante, interferindo no clima local. O conhecimento das interferências nas variações de temperatura local pode ser mais um aliado na elaboração de estratégias apropriadas para lidar com os problemas do sobreaquecimento urbano.

https://doi.org/10.47235/rmu.v2i2.19
PDF

Referências

Amorim, M., Lima Neto, J. e Monteiro, A. (2013) Climatologia urbana e regional: questões teóricas e estudos de caso (Outras Expressões, São Paulo).

Chandler, A. J. (1965) The climate of London, (Hutchinson and Co, Londres).

Corbella, O. e Yannas, S. (2003) Em busca de uma arquitetura sustentável para os Trópicos: conforto ambiental (FAPERJ Revan, Rio de Janeiro).

Drach, P. R. C. (2007) Modelagem computacional e simulação numérica em arquitetura visando conforto em ambientes construídos. Tese de Doutoramento não publicada, Laboratório Nacional de Computação Científica, Brasil.

Greater London Authority, GLA (2006) London’s urban heat island: a summary for decision makers, (http://legacy.london.gov.uk/mayor/environment /climate-change /docs /UHI_summary_report.pdf) consultado em 31 de Dezembro de 2013.

Greater London Authority, GLA (2011) Managing risks and increasing resilience: the Mayor’s climate change adaptation strategy (http://www.london.gov.uk/priorities/environment /publications /managing-risks-and-increasing-resilience-the-mayor-s-climate) consultado em 31 de Dezembro de 2013.

Hebbert, M. e Jankovic, V. (2013) ‘Cities and climate change: the precedents and why they matter’, Urban Studies 50, 1332-47.

Holmer, B., Thorsson, S. e Lindén, J. (2012) ‘Evening evapotranspirative cooling in relation to vegetation and urban geometry in the city of Ouagadougou, Burkina Faso’, International Journal of Climatology 33, 3089-105.

Kershaw, T., Sanderson, M., Coley, D. e Eames, M. (2010) ‘Estimation of the urbanheat island for UK climate change projections’, Building Services Engineering Research and Technology 31, 251-63.

Kleerekoper, L., van Esch, M. e Salcedo, T. B. (2012) ‘How to make a city climate-proof, addressing the urban heat island effect’, Resources, Conservation and Recycling 64, 30-8.

Kolokotroni, M. e Giridharan, R. (2008) ‘Urban heat island intensity in London: An investigation of the impact of physical characteristics on changes in outdoor air temperature during summer’, Solar Energy 82, 986-98.

Kolokotsa, D., Psomas, A. e Karapidakis, E. (2009) ‘Urban heat island in southern Europe: The case study of Hania, Crete’, Solar Energy 83, 1871-83.

Krüger, E. L. e Emmanuel, R. (2013) ‘Accounting for atmospheric stability conditions in Urban Heat Island studies: the case of Glasgow, UK’, Landscape and Urban Planning 117, 112-21.

Lai, L. e Cheng, W. (2009) ‘Air quality influenced by urban heat island coupled with synoptic weather patterns’, Science of the Total Environment 407, 2724-33.

Lee, S., Lee, K., Jin, W. e Song, H. (2009) ‘Effect of an urban park on air temperature differences in a central business district area’, Landscape and Ecological Engineering 5, 183-91.

Matzarakis, A., Rutz, F. e Mayer, H. (2010) ‘Modelling radiation fluxes in simple and complex environments: basics of the RayMan model’, International Journal of Biometeorology 54, 131-9.

Mavrogianni, A., Davies, M. e Batty, M. (2011) ‘The comfort, energy and health implications of London’s urban heat island’, Building Services Engineering Research and Technology 32, 35-52.

Mirzaei, P. A. e Haghighat, F. (2010) ‘Approaches to study Urban Heat Island – abilities and limitations’, Building and Environment 45, 2192-201.

Monteiro, A., Velho, S. e Gois, J. (2012) ‘A importância da fragmentação das paisagens urbanas na Grande Área Metropolitana do Porto para a modelização das ilhas de calor urbano – uma abordagem metodológica’, Revista da Faculdade de Letras da FLUP 1:III, 123-59.

Monteiro, A., Carvalho, V. e Sousa, C. (2012) ‘Excess mortality and morbidity during July 2006 heat wave in Porto, Portugal - TMRT efficiency to anticipate negative effects on health’, 8th International Conference on Urban Climate, Dublin, 6 a 10 de Agosto.

Oke, T. R. (1981) ‘Canyon geometry and the nocturnal urban heat island: comparison of scale model and field observations’, International Journal of Climatology 1, 237-54.

Shimoda, Y. (2003) ‘Adaptation measures for climate change and the urban heat island in Japan's built environment’, Building Research & Information 31, 222-30.

Stone, B., Vargo, J. e Habeeb, D. (2012) ‘Managing climate change in cities: Will climate action plans work?’, Landscape and Urban Planning 107, 263-71.

Svensson, M. K. (2004) ‘Sky view factor analysis – implications for urban air temperature differences’, Meteorological Applications 11, 201-11.

Tomlinson, C. J., Chapman, L., Thornes, J. E. e Baker, C. J. (2012) ‘Derivation of Birmingham’s summer surface urban heat island from MODIS satellite images’, International Journal of Climatology 32, 2214-42.

Turner, D. B. (1970) Workbook of atmospheric dispersion estimates (Environmental Protection Agency, Washinghton).

Unger, J., Sümeghy, Z., Gulyás, Á., Bottyán, Z. e Mucsi, L. (2001) ‘Land-use and meteorological aspects of the urban heat island’, Meteorological Applications 8, 189-94.

Unger, J. (2004) ‘Intra-urban relationship between surface geometry and urban heat island: review and new approach’, Climate Research 27, 253-64.

Unger, J. (2009) ‘Connection between urban heat island and sky view factor approximated by a software tool on a 3D urban database’, International Journal of Environment and Pollution 36, 59-80.

United Nations, UN (2011) World Urbanization Prospects (United Nations, Nova Iorque).

Os direitos autorais permanecem com os autores, que autorizam a Revista de Morfologia Urbana a publicar o artigo sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-By).

Downloads

Não há dados estatísticos.