A evolução do traçado urbano e o desmonte de um bairro fluvial
Capa da Revista de Morfologia Urbana volume 7 número 1
PDF

Palavras-chave

bacia hidrográfica
Tiquatira
SARA Brasi
infraestrutura metropolitana
forma urbana
SARA Brasil

Como Citar

SILVA, L. A. da; ALVIM, A. A. T. B. A evolução do traçado urbano e o desmonte de um bairro fluvial: o caso da Penha (1930 – 2018). Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 7, n. 1, p. e00035, 2019. DOI: 10.47235/rmu.v7i1.35. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/35. Acesso em: 21 nov. 2024.

Resumo

Este artigo discute a relação entre traçado urbano, relevo e hidrografia, enquanto agenciamento que configura uma identidade palpável da forma urbana, porque baseada na evidência material de algumas das suas principais características constituintes. A cidade de São Paulo, expoente de uma metrópole contemporânea, é tomada como objeto de análise, e o bairro da Penha, na zona leste do município, como estudo de caso específico, por ser um estrato de tecido urbano que apresenta uma transformação radical no tempo, evidenciando, na atualidade, uma série de conflitos. A metodologia utilizada consiste de dois procedimentos, um teórico e um prático, respectivamente: decomposição sistêmica do tecido urbano, com ênfase no traçado e na identificação de duas escalas concomitantes – dos tecidos locais e da rede de infraestruturas metropolitanas; elaboração de seis lâminas cartográficas na escala 1: 50.000, que serviram tanto para demonstrar a transformação radical do tecido urbano quanto para identificação dos conflitos resultantes da interface entre a hidrografia, o leito carroçável, calçamento e o parcelário, que constituem o espaço público do traçado urbano, bem como oitenta e quatro desenhos de “caixas de rua”, que demonstram, esquematicamente, quais são as principais características destes conflitos.

https://doi.org/10.47235/rmu.v7i1.35
PDF

Referências

Ab’saber, A. (2007 [1957]) Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo. São Paulo, Ateliê Editorial.

Botechia, F. (2017) A forma indelével: estudos morfológicos sobre a persistência elementar em Maruípe. Tese de doutorado, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

Deleuze, G., Guattari, F. C (2012 [1980]) Capitalismo e Esquizofrenia 2 – Mil Platôs. Volume 5. São Paulo, Editora 34.

Dias Coelho, C. (org.) (2013) Cadernos de morfologia urbana: os elementos urbanos. Lisboa, Argumentum.

Franco, F. (2005) A construção do caminho. A estruturação da metrópole pela conformação técnica das várzeas e planícies fluviais da bacia de São Paulo. Tese de Doutorado (Universidade de São Paulo).

Guerreiro, M. (2011) Urbanismo Orgânico e Ordem Implícita: Uma leitura através das geometrias da natureza. Tese de doutorado, (Instituto Universitário de Lisboa).

Jesus, E. (2006) Penha: de bairro rural a bairro paulistano. Um estudo sobre o processo de configuração do espaço penhense (Universidade de São Paulo).

Langenbuch, J. R. (1971) A Estruturação da Grande São Paulo. Rio de Janeiro, IBGE.

Lavander Jr, M., mendes, P. A. (2005) SPR, memórias de uma inglesa: A história da concessão e construção da primeira ferrovia em solo paulista e suas conexões (produção editorial independente, São Paulo).

Lobo, M. da C., Simões Junior, J. G. (org.) (2012) Urbanismo de Colina – Uma tradição luso-brasileira (Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mackpesquisa e IST Press, São Paulo)

McHarg, I. (1992 [1967]) Design with Nature. New York, John Wiley & Sons.

Mendez, R. (2014) S.A.R.A. Brasil: restituindo o Mapa Topográfico do Município de São Paulo. (Informativo Arquivo Histórico de São Paulo, ano 10, nº 37).

Navarro, J. L. R. (2009) La Travesía más Transparente – La visión de Córdoba, Málaga, y Granada desde su calle ciudad. (Tese de doutorado, Universidade de Granada).

Santos, J. (2012) Espaços de mediação infraestrutural – Interpretação e projecto na produção do urbano no território metropolitano de Lisboa. Tese de Doutorado (Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa).

Os direitos autorais permanecem com os autores, que autorizam a Revista de Morfologia Urbana a publicar o artigo sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-By).

Downloads

Não há dados estatísticos.