Resumo
Com o crescente ônus do transporte motorizado, qualidades urbanas têm guiado pesquisas para entender a influência da forma urbana sobre o deslocamento ativo. Uma das estratégias para avaliar o ambiente é a caminhabilidade, entendida como a extensão em que características da forma urbana podem ou não ser condutivos ao caminhar. Esta qualidade pode ser analisada de forma subjetiva ou objetiva, considerando percepções ou quantificações de características do ambiente. Desta forma, o objetivo geral da pesquisa é analisar percepções do ambiente relacionadas a caminhabilidade em uma cidade média brasileira. Percepções foram extraídas e categorizadas da pesquisa de Origem-Destino realizada para o plano de mobilidade de um estudo de caso - Rolândia/PR. Um Índice foi sistematizado, como uma medida objetiva e composta da caminhabilidade, por setor censitário e analisado na sobreposição de mapas em relação às percepções pelo procedimento estatístico de Kruskall-Wallis. Resultados indicam que percepções de funcionalidade, estética e destinos demostraram maior relação com a caminhabilidade, enquanto percepções de segurança se mostraram menos relevantes. O estudo contribui para diretrizes de mobilidade na incorporação de percepções ambientais como suporte para o deslocamento ativo para fomentar cidades sustentáveis.
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