A cidade contemporânea é histórica
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Palavras-chave

cartografia digital
projetos urbanísticos
morfologia urbana
Rio de Janeiro

Como Citar

SAMPAIO, A. D. R.; MEIRELLES MESQUITA DE MATTOS, G. A cidade contemporânea é histórica: estudos morfológicos na era digital. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 8, n. 2, p. e00166, 2020. DOI: 10.47235/rmu.v8i2.166. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/166. Acesso em: 22 dez. 2024.

Resumo

O avanço dos recursos tecnológicos na era digital tem favorecido os estudos urbanos em termos de ferramentas e metodologias cada vez mais apuradas para a compreensão dos fenômenos contemporâneos, dentre elas as técnicas de geoprocessamento em plataformas SIG (Sistemas de Informação Geográfica). A ampliação desmesurada de informação para os estudos urbanos suscita uma reflexão sobre instrumentos metodológicos na era digital. Partindo do pressuposto que a cidade contemporânea é histórica, e portanto, um acúmulo materializado de idealizações passadas, busca-se evidenciar a relevância da análise morfológica e do instrumental da história urbana potencializado por tecnologias digitais, para a compreensão da cidade contemporânea em sua complexidade, reconhecendo sua historicidade, a partir de seu processo urbano. Para demonstrar o potencial da articulação entre a cartografia digital em plataforma SIG e as abordagens clássicas da morfologia urbana, adota-se como objeto empírico a Área Central da Cidade do Rio de Janeiro, selecionando casos de áreas tensionadas pelos vestígios de projetos realizados no século XX, para refletir sobre as possibilidades da cartografia digital na decodificação do emaranhado de projetos e desígnios que deram origem ao palimpsesto urbano que estrutura a Área Central Carioca.

https://doi.org/10.47235/rmu.v8i2.166
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