Resumo
Dois apartamentos paulistanos são analisados, um do século XX e outro do século XXI, com o objetivo de identificar mudanças socioespaciais nas unidades habitacionais e suas relações com transformações já identificadas nos trabalhos de Villa (2020 – São Paulo), França (2008 – Brasília), Griz (2012 – Recife) e Carolino (2018, João Pessoa). A sintaxe espacial é usada como metodologia analítica, a partir do estudo da permeabilidade física e visual, e são realizadas também ponderações sobre aspectos funcionais e dimensionais. Os resultados encontrados demonstram que as alterações dos apartamentos de três quartos, com 125m2 de área construída, são tímidas e que mudanças mais radicais podem ser observadas em apartamentos com programa de necessidades menos tradicionais. O cenário de permanências e adequações é um achado desse estudo que dialoga com os resultados de outras pesquisas.
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