De quintal de casa à viagem ocasional
PDF

Palavras-chave

morfologia urbana
praias urbanas
dinâmicas urbanas
vida social
padrões socioespaciais

Como Citar

DONEGAN, L.; CARNEIRO, N. V. De quintal de casa à viagem ocasional: forma urbana, fluxos e usos em lugares diferentes da mesma praia. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 11, n. 1, 2023. DOI: 10.47235/rmu.v11i1.282. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/282. Acesso em: 18 maio. 2024.

Resumo

Nas cidades litorâneas brasileiras, praias urbanas aliviam o cotidiano da população e contribuem para interações sociais. Enquanto estudos ligam usos à forma ou consideram usos e percepção para manutenção de praias, poucos estudos relacionam forma urbana e edificada com usos e vida social em praias ligados a dinâmicas urbanas. Pesquisa anterior mostrou que a praia do Bessa – a mais longa de João Pessoa -, embora menos conectada à malha urbana que outras praias urbanas, foi popular entre pessoas vindo de diferentes lugares. Este artigo investiga a hipótese que comedorias (restaurantes/bares) situados na areia desta praia – no recorte do bairro Jardim Oceania da praia do Bessa - atraem deslocamentos de públicos de locais mais distantes. Localização, forma urbana e usos foram investigados selecionando três pontos – com e sem comedoria - para aplicar questionários em campo, inquirindo sobre costumes, avaliação e perfil do público. Comedorias atraem públicos de lugares mais distantes visitando em grupo – ora familiar, ora de amigos - enquanto o local sem comedorias é visitado por mais pessoas que moram perto, a pé. Resultados validam a hipótese mostrando a atratividade, além do mar, das comedorias e caracterizam vidas sociais em diferentes lugares da praia ligado a dinâmicas urbanas praieiras complexas.

https://doi.org/10.47235/rmu.v11i1.282
PDF

Referências

Araújo, M. C. B. de, Silva-Cavalcanti, J. S., Vicente-Leal, M. M. e Costa, M. F. da. (2012) Análise do comercio formal e informal na Praia de Boa Viagem, Recife, Pernambuco, Brasil. Revista de Gestão Costeira Integrada, 8(2), 233–245. doi:10.5894/rgci329.

Boeing, G. (2017) OSMnx: new methods for acquiring, constructing, analyzing, and visualizing complex street networks. Computers, Environment and Urban Systems, 65, 126–139. doi:10.1016/j.compenvurbsys.2017.05.004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. (1988). [Obtido de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm].

BRASIL. RESOLUÇÃO No 510 DE 7 DE ABRIL DE 2016. Edição: 98 Diário Oficial da União § 1 44 (2016). [Obtido de https://www.in.gov.br/materia].

Breton, F., Clapés, J., Marquès, A. e Priestley, G. K. (1996) The recreational use of beaches and consequences for the development of new trends in management: the case of the beaches of the Metropolitan Region of Barcelona (Catalonia, Spain). Ocean & Coastal Management, 32(3), 153–180. doi:10.1016/S0964-5691(96)00032-4.

Carmo, J. B. J. (2010) Forma e dominação: acessibilidade urbana e segregação sócio-espacial na cidade do Natal-RN e região metropolitana. Apresentado em Seminário Nacional Governança Urbana e Desenvolvimento Metropolitano, UFRN, Natal. Obtido de http://www.cchla.ufrn.br/seminariogovernanca/cdrom/ST11_Joao.pdf.

Carpenter, A. e Peponis, J. (2010) Poverty and connectivity: crossing the tracks. Journal of Space Syntax, 1, 108–120.

Corbin, A. (1989) Território do vazio. Companhia das Letras, São Paulo.

Costa, M. F. da, Araújo, M. C. B. de, Silva-Cavalcanti, J. S. e Souza, S. T. de. (2008) Verticalização da Praia da Boa Viagem (Recife, Pernambuco) e suas consequências sócioambientais. Revista de Gestão Costeira Integrada - Journal of Integrated Coastal Zone Management, 8(2), 233–245. doi:10.5894/rgci128.

Das, S. e Bhattacharya, S. (2021) Factors affecting beach walkability. Tourists’ perception study at selected beaches of West Bengal, India. Journal of Outdoor Recreation and Tourism, 35, 100423. doi:10.1016/j.jort.2021.100423.

Donegan, L. (2011) Barracas de praia, praia de barracas: configuração, tipo e usos na Praia do Futuro, Fortaleza - CE. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Donegan, L. (2019) Qual é a sua praia? Arquitetura e sociedade em Natal. FRBH, Brasília.

Donegan, L., Alves, S. D. de S. e Oliveira, J. V. N. de. (2022) De separações na cidade a misturas nas praias: investigando padrões socioespaciais e usos de praias em uma capital litorânea. Revista de Morfologia Urbana, 10(1), e00223. doi:10.47235/rmu.v10i1.223.

Donegan, L., Madruga, G. de O. e Carneiro, N. V. (2022) Night and day at the beach: relating social life to location and infrastructure in a Brazilian city. Frontiers of Architectural Research. doi:10.1016/j.foar.2022.05.001.

Donegan, L., e Trigueiro, E. (2012) From structure to perception. Investigating patterns of space and use at the beach (Fortaleza, Brazil). (p. 8179:1-8179:11). Apresentado em 8th International Space Syntax Symposium, M. Greene, J. Reyes, A. Castro, Santiago de Chile, PUC.

Filipeia Mapas da cidade. (2021). Obtido 14 de outubro de 2021, de https://filipeia.joaopessoa.pb.gov.br/.

Hillier, B. (1996) Space is the machine: a configurational theory of architecture. Space Syntax, London, UK. [Obtido de http://eprints.ucl.ac.uk/3881/].

Hillier, B. e Iida, S. (2005) Network and psychological effects in urban movement. Spatial Information Theory (p. 475–490). Springer, Berlin. Obtido de http://link.springer.com/chapter/10.1007/11556114_30.

Holanda, S. B. de. (1995) Raízes do Brasil. 26 ed. Companhia das letras, São Paulo.

Holanda, F. (2000) Class footprints in the landscape. Urban Design International, 5, 189–198. doi:10.1057/palgrave.udi.9000015.

Holanda, F. (2013) 10 mandamentos da arquitetura. FRBH, Brasília.

IBGE. (2020) Portal do IBGE. Portal do IBGE. [Obtido 14 de outubro de 2021, de https://www.ibge.gov.br/].

Jacobs, J. (1992) The death and life of great American cities. Vintage Books, New York.

Jens, K., e Gregg, J. S. (2021) How design shapes space choice behaviors in public urban and shared indoor spaces- A review. Sustainable Cities and Society, 65, 102592. doi:10.1016/j.scs.2020.102592

JOÃO PESSOA. Plano Diretor de João Pessoa. Decreto n. 6499 (2009). Obtido de http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/legislacao/plano-diretor-da-cidade/.

Kaplan, R. e Kaplan, S. (1989) The experience of nature: a psychologicalpPerspective. CUP Archive, Cambridge.

Lynch, K. (1997) A Imagem da cidade. (1o ed). Martins Fontes, São Paulo.

Marques, E. (2010) Redes sociais, segregação e pobreza em São Paulo. Editora Unesp, São Paulo.

Medeiros, V. (2013) Urbis Brasiliae: o labirinto das cidades brasileiras. Editora Universidade de Brasília, Brasília.

Mitchell, W. J. (2001) The revenge of place. 3rd International Space Syntax Symposium (p. 1–6). Atlanta.

Netto, V. M., Meirelles, J. V., Pinheiro, M. e Lorea, H. (2017) Uma geografia temporal do encontro. Revista de Morfologia Urbana, 5(2), 85–101. doi:10.47235/rmu.v5i2.2.

Netto, V. M., Vargas, J. C. e Saboya, R. T. (2012) (Buscando) Os efeitos sociais da morfologia arquitetônica. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v.4, n.2, 261–282.

O’Donnell, J. G. (2013) A invenção de Copacabana: culturas urbanas e estilos de vida (1890-1940). Zahar, Rio de Janeiro.

Oliveira, T. G. de e Neto, R. da M. S. (2015) Segregação residencial na cidade do Recife: um estudo da sua configuração. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, 9(1), 71–92.

PARAÍBA. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA. (1989).

Peponis, J. (1989) Space, culture and urban design in late modernism and after. Ekistics, 56(334/335), 93–108.

Quintela, A., Silva, C. P., Calado, H. e Williams, A. (2012) The relation of litter with bathing areas typologies, number of users and scenic value. The case study of São Miguel (Azores). Journal of Coastal Conservation, 16(4), 575–584. doi:10.1007/s11852-012-0197-0.

Ribeiro, M. F., Ferreira, J. C. e Silva, C. P. (2011) The sustainable carrying capacity as a tool for environmental beach management. Journal of Coastal Research SI, 64, 1411–1414.

Silva, R. C. D. (2017) “Praias privativas”: as formas de fragmentação sócio-espacial no município de Mangaratiba-RJ. Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica, (10). doi:10.4000/espacoeconomia.2957.

Smith, N., Georgiou, M., King, A. C., Tieges, Z., Webb, S. e Chastin, S. (2021) Urban blue spaces and human health: a systematic review and meta-analysis of quantitative studies. Cities, 119, 103413. doi:10.1016/j.cities.2021.103413.

Subiza-Pérez, M., Vozmediano, L. e San Juan, C. (2020) Green and blue settings as providers of mental health ecosystem services: comparing urban beaches and parks and building a predictive model of psychological restoration. Landscape and Urban Planning, 204, 103926. doi:10.1016/j.landurbplan.2020.103926.

Triola, M. F. (2017) Introdução à Estatística. 12 ed. LTC. [Obtido de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788521634256/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dx01_cover.html]!/4/2/2%4051:87].

Turner, A. (2007) From axial to road-centre lines: a new representation for space syntax and a new model of route choice for transport network analysis. Environment and Planning B: Planning and Design, 34(3), 539–555. doi:10.1068/b32067.

Villaça, F. (2001) Espaço intra-urbano no Brasil. Studio Nobel: FAPESP, São Paulo.

Whyte, W. H. (2009) City: rediscovering the center. University of Pennsylvania Press, Philadelphia. [Obtido de http://ebookcentral.proquest.com/lib/bcufpb-ebooks/detail.action?docID=3441790].

Zechin, P. e Holanda, F. (2019) Atributos espaciais da desigualdade nas grandes cidades brasileiras: uma relação entre segregação e morfologia. Cadernos Metrópole, 21(44), 55–78. doi:10.1590/2236-9996.2019-4403.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Lucy; Natália

Downloads

Não há dados estatísticos.