Percursos históricos das festas religiosas no Recife
PDF

Palavras-chave

Sintaxe Espacial, festas, percursos, cidades.

Como Citar

MILFONT, M. L. B.; CAVALCANTI , R. dos S.; MONTEIRO, C. M. G. Percursos históricos das festas religiosas no Recife: descobrindo relações entre linhas, movimentos e urbanidades. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 12, n. 1, 2024. DOI: 10.47235/rmu.v12i1.359. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/359. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

O presente trabalho mostra a relação entre morfologia e festa religiosa utilizando a sintaxe espacial para descrever a estrutura de algumas das principais procissões religiosas da cidade do Recife. A história urbana mostra que as cidades brasileiras, assim como as do Nordeste, configuraram seus espaços sobre a influência da passagem das celebrações católicas. A ideia central do trabalho é compreender como os percursos das procissões, por meio dos “espaços de escolhas” produzidos pelos transeuntes e devotos, podem ser compatíveis com os eixos de deslocamento e visibilidade em formas de linhas ou trechos retilíneos das ruas. As ligações das linhas na sintaxe espacial são feitas sempre entre caminhos mais curtos, assim como a lógica dos percursos festivos, sinalizando uma possível relação de aproximação entre as duas lógicas. A forma sinuosa da procissão, sobreposta nas linhas axiais, pode revelar também se existe algum nexo topológico no percurso festivo que seja, ao menos, transversal aos elementos que se inscrevem na forma urbana (integração local e global e escolha normalizada e integração normalizada), evidenciando que a rua brasileira sempre foi um espaço vivo de encontros.

https://doi.org/10.47235/rmu.v12i1.359
PDF

Referências

Argan, G. C. (2004) Imagem e persuasão: ensaios sobre o barroco. (Companhia das Letras, São Paulo).

Albuquerque, M. (1997) Arraial Novo do Bom Jesus: consolidando um processo, iniciando um futuro. (Editora Graftorre Ltda., Recife).

Benhamou, F. (2007) A economia da cultura. (Ateliê Editorial, Cotia, São Paulo).

Diacov e Covalev. (1965) História da antigüidade: Roma. (Editora Fulgor, São Paulo).

Hillier e Hanson. (1984) The Social Logic of Space. (Cambridge University Press, Cambridge).

Koch, W. (2004) Dicionários dos estilos arquitetônicos. (Martins Fontes, São Paulo).

Kohlsdorf, M. E. (1996) A apreensão da forma da cidade. (ID.UNB, Brasília).

Ledeneva, A (2019) “The informal view of the world”, Global Informality Project. http://www.in- formality.com

Loureiro, C. e Amorim, L. (2000) “O mascate, o bispo, o juiz e os outros: sobre a gênese morfológica do Recife”, R. B. Estudos Urbanos e Regionais. http://dx.doi.org/10.22296/2317-1529.2000n3p19

Martin, G. (1996) Pré-história do Nordeste do Brasil. (Editora Universitária, UFPE, Recife).

Milfont, M. (2013) “O processo de transformação da cidade do Recife através da prática urbana dos percursos festivos”, Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. https://anais.anpur.org.br

Milfont, M. (2010) “A urbanidade no século XVIII: Vila do Recife e Arraial do Tijuco”, Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

Mumford, L. (1998) A cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. (Martins Fontes, São Paulo).

Netto, V. M. (2013) “O que a sintaxe espacial não é?”, Arquitextos, Vitruvius. https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.161 /4916

Roque, T. (2012) História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. (Zahar, Rio de Janeiro).

Teixeira, M. C. (2012) A forma da Cidade de Origem Portuguesa. (Editora UNESP, São Paulo).

Reis, J. J. (2019) Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia. (Companhia das Letras, São Paulo).

Ilustrações:

Schlappriz, L. e Carls, F. H. (1863) “Vista do Pateo da Penha”, Brasiliana Iconografia, 2017. https://www.brasilianaiconografica.art.br/obras/18543/vista-do-pateo-da-penha-mercado-de-verduras

Reis, N. G. (2000) Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial (FUPAM – EDUSP – Imprensa Oficial, São Paulo). CD – ROM.

Rugendas, J. M. (1847). “A Congada religious folk dance in Rio de Janeiro”, Reddit. https://www.reddit.com/media?url=https%3A%2F%2Fi.redd.it%2F40ivkqcdranz.jpg

Rugendas, J. M. (1835). “Festa de Nossa Senhora do Rosário, Patrona dos negros”, Universidade Federal do Paraná. https://docs.ufpr.br/~lgeraldo/upoimagens3.html

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Magna Lícia Barros Milfont, Rafaella dos Santos Cavalcanti , Circe Maria Gama Monteiro

Downloads

Não há dados estatísticos.