Caracterização das tipologias de casas tradicionais luso-brasileiras por meio da integração visual
PDF

Palavras-chave

Arquitetura domética
Intervisibilidade
tipologia
Séculos XVIII e XIX
Brasil

Como Citar

PALAZZO, P. P.; CARVALHO, E. T. de. Caracterização das tipologias de casas tradicionais luso-brasileiras por meio da integração visual . Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 12, n. 1, 2024. DOI: 10.47235/rmu.v12i1.369. Disponível em: https://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/369. Acesso em: 30 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho analisa as diferenças morfológicas na arquitetura tradicional urbana luso-brasileira entre as tipologias de casas correntes e de casas senhoriais, no período que vai da metade do século XVIII até o início do século XX. O recorte privilegia o universo mais uniforme e conservador dos estados do Rio de Janeiro, Goiás (incluindo Tocantins) e Minas Gerais. O estudo identifica características estruturantes de cada uma das duas séries morfológicas. Enquanto a maioria dos estudos anteriores se concentra na análise de grafos para avaliar as conexões topológicas entre ambientes individuais, esta pesquisa adota a análise de integração visual, que enfatiza os centros morfológicos dos espaços. Os resultados evidenciam como a análise de integração visual confirma a congruência entre a composição espacial das casas correntes e senhoriais e os atributos da vida social próprios a cada uma dessas tipologias. Tais atributos são a localização do convívio familiar nos fundos da casa corrente e, em contraste, a primazia dos espaços de recepção e representação na parte dianteira das casas senhoriais.

https://doi.org/10.47235/rmu.v12i1.369
PDF

Referências

Algranti, L.M. (1997) “Famílias e vida doméstica”, em L. de M. e Souza (org.) História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 83–154.

Arquitectura popular em Portugal (2) (1961). Lisboa: Sindicato Nacional dos Arquitectos.

Caniggia, G. (1997) “Analisi tipologica: la corte matrice dell’insediamento”, em Ragionamenti di tipologia: operatività della tipologia processuale in architettura. Firenze: Alinea, p. 59–107.

Conzen, M.R.G. (2022) Alnwick, Northumberland: análise do plano de cidade. Traduzido por V. Oliveira e C. Monteiro. Porto: Urban Forms.

Costa, M.R. (2015) “As moradas de casas do núcleo intramuros de Mértola: uma leitura preliminar da arquitetura doméstica entre o final do Antigo Regime e o início do século XX”, em M.R. Costa, S. Gómez Martínez, e V. Ribeiro (orgs.) Arquitetura Tradicional no Mediterrâneo Ocidental. Lisboa : Mértola: Argumentum ; Campo Arqueológico de Mértola, p. 13–19.

Debret, J.B. (1839) Voyage pittoresque et historique au Brésil: ou, séjour d’un artiste français au brésil, depuis 1816 jusqu’en 1831 inclusivement, époques de l’avenement et de l’abdication de S. M. D. Pedro Ier, fondateur de l’empire brésilien. Paris: Firmin-Didot frères. Disponível em: http://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4716 (Acessado: 8 de novembro de 2019).

Duarte Carlos, G. et al. (2020) “The traditional cultural landscape of Pico island and its vernacular architecture, Portugal”, em L. Dipasquale, S. Mecca, e M. Correia (orgs.) From vernacular to world heritage. Firenze: Firenze University Press (Ricerche, architettura, pianificazione, paesaggio, design, 5), p. 82–97. Disponível em: https://doi.org/10.36253/978-88-5518-293-5.

Freyre, G. (1951) Sobrados e mucambos. 2º ed. Rio de Janeiro: José Olympio.

Gil, J. et al. (2015) “The space syntax toolkit: Integrating DepthmapX and exploratory spatial analysis workflows in QGIS”, em SSS 2015. London: Space Syntax Laboratory, The Bartlett School of Architecture, University College London. Disponível em: http://www.sss10.bartlett.ucl.ac.uk/proceedings/ (Acessado: 24 de maio de 2020).

Lemos, C.A.C. (1976) Cozinhas, etc: um estudo sobre as zonas de serviço da casa paulista. São Paulo: Perspectiva (Debates ; 94 : arquitetura).

Lemos, C.A.C. (1989) Alvenaria burguesa: breve história da arquitetura residencial de tijolos em São Paulo a partir do ciclo econômico liderado pelo café. 2º ed. São Paulo: Nobel.

Lemos, C.A.C. (1996) História da casa brasileira. São Paulo: Contexto.

Lemos, C.A.C. (1999a) A república ensina a morar (melhor). São Paulo: Hucitec.

Lemos, C.A.C. (1999b) Casa paulista: história das moradias anteriores ao ecletismo trazido pelo café. São Paulo: Edusp.

Maestri, M. (2001) O sobrado e o cativo: a arquitetura urbana erudita no Brasil escravista: o caso gaúcho. Passo Fundo: UPF Editora (Coleção Malungo, 1).

Malta, M. e Mendoça, I.M.G. (orgs.) (2013) Casas senhoriais Rio-Lisboa e seus interiores. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Martins, N.M. (1978) O partido arquitetônico rural no século XIX: Porto Feliz, Tietê, Laranjal Paulista. São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas.

Mascarenhas, J. (2015) Arquitectura popular portuguesa. Lisboa: Horizonte (Sistemas de construção, XV).

Moutinho, M. (1995) Arquitectura popular portuguesa. Lisboa: Estampa.

Muratori, S. (1959) “Studi per una operante storia urbana di Venezia. I”, Palladio, IX(3–4), p. 97–209.

Navarro Palazón, J. e Jiménez Castillo, P. (2001) “El urbanismo islámico y su transformación después de la conquista cristiana: el caso de Murcia”, em La ciudad medieval: de la casa al tejido urbano. Cuenca: Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha. Disponível em: https://ruidera.uclm.es/xmlui/handle/10578/4984 (Acessado: 12 de setembro de 2020).

Oliveira, E.V. de e Galhano, F. (1986) Casas esguias do Porto e sobrados do Recife. Recife: Pool Editorial.

Oliveira, E.V. de e Galhano, F. (1992) Arquitectura tradicional portuguesa. Lisboa: Dom Quixote (Portugal de Perto, 24).

Oliveira, K.B. da S. (2021) Escravidão e terras de criar gado em um lugar denominado sertão: uma arqueologia das moradas de casas e miudezas cotidianas do Seridó potiguar, séculos XVIII e XIX. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Universidade Federal de Minas Gerais.

Pinto, S.M.G. (2016) “A regulação jurídica das fachadas em Portugal (séc. XIV–XIX)”, Revista de estudios histórico-jurídicos, (38), p. 149–177. Disponível em: https://doi.org/10.4067/S0716-54552016000100006.

Reis Filho, N.G. (1969) Lote urbano e a arquitetura no Brasil. São Paulo: FAUUSP.

Reis Filho, N.G. (1983) Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva.

Santana, Y.C.A., Garcia, C. da C. e Gurgel, A.P.C. (2022) “Nada será como antes, mas tudo é o mesmo: duas residências pós-modernistas brasileiras sob o olhar da sintaxe espacial”, Revista de Morfologia Urbana, 10(2). Disponível em: https://doi.org/10.47235/rmu.v10i2.256.

Serlio, S. (1547–1550) Sesto libro d’architettura: Delle habitationi fuori e dentro delle città. Lyon. Disponível em: https://opacplus.bsb-muenchen.de/title/BV023049640.

Silva Filho, O.P. da (1986) Arquitetura luso-brasileira no Maranhão. Efecê.

Sousa, A.J. de (1994) Arquitetura neoclássica brasileira: um reexame. 1. ed. São Paulo: Pini.

Trigueiro, E.B.F. (2012) “Sobrados coloniais: um tipo só?”, Cadernos Proarq, (19), p. 194–211. Disponível em: https://cadernos.proarq.fau.ufrj.br/pt/paginas/edicao/19 (Acessado: 12 de março de 2024).

Trindade, L. (2013) Urbanismo na composição de Portugal. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Disponível em: https://doi.org/10.14195/978-989-26-0772-6.

Umbelino, A.G. (2016) “A casa que vovô morou, o meu pai herdou e passou para mim.: estudo da reorganização espacial de edificação vernacular ao longo de um século”, em Habitação e desenvolvimento sustentável. Belo Horizonte.

Varoudis, T. (2020) “depthmapX”. Disponível em: https://github.com/varoudis/depthmapX (Acessado: 4 de novembro de 2023).

Waisman, M. (1993) El interior de la historia: historiografía arquitectónica para uso de latinoamericanos. 2º ed. Bogotá: Escala.

Weimer, G. (2005) Arquitetura popular brasileira. São Paulo: Martins Fontes.

Westfall, C.W. (1991) “Building types”, em C.W. Westfall e R.J. van Pelt (orgs.) Architectural Principles in the Age of Historicism. New Haven: Yale University Press, p. 138–167.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Pedro Paulo Palazzo, Eduarda Toscano de Carvalho

Downloads

Não há dados estatísticos.