Resumo
Tradicionalmente, o aumento do adensamento construtivo em cidades brasileiras ocorre sem a devida atenção aos efeitos sobre os microclimas, o que potencializa a criação de espaços abertos termicamente desconfortáveis. Esse estudo analisou os efeitos do aumento da densidade construída para o conforto térmico de pedestres em Bagé-RS, cidade de médio porte de clima subtropical úmido com verões quentes. A metodologia é quali-quantitativa com estudo de caso e simulação computacional dos microclimas em um recorte urbano central no período atual (cenário 1) e em um prognóstico de adensamento para 2060 (cenário 2). As análises foram feitas para os extremos de verão e de inverno. A análise de insolação e sombreamentos demonstrou que o cenário 2 reduz o tempo de insolação das calçadas ao longo do dia, o que diminui a TRM, desfavorável ao conforto no inverno e benéfico no verão. Os resultados demonstraram que o aumento do adensamento construtivo limitado a edificações com três pavimentos no período mais quente do dia (às 14:00h) altera minimamente o microclima na quadra analisada, sem alterações significativas nos fluxos de ventos.
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