Resumo
Este artigo tem por objetivo demonstrar um método matemático e algorítmico para estudar a cidade sob as premissas da complexidade, identificando padrões morfológicos por meio da taxonomia numérica, que, de maneira análoga na biologia, é usado para classificar espécies por suas similaridades, definindo grupos e relações hierárquicas. O estudo usa como recorte, para aplicação metodológica, o distrito da Vila Mariana na cidade de São Paulo, que tem mais de 1/3 de sua área destinada a Eixos de Estruturação e Transformação Urbana (EETU). Os resultados preliminares da classificação, na escala do lote edificado, mostram que alguns poucos grupos com muita similaridade acabam concentrando a grande maioria dos tipos da área estudada, tornando possível um agrupamento por meio da taxonomia numérica, aqui qualificada como tipomórfica. Um achado relevante evidenciado pelos resultados é a falta de isonomia que lotes com testada menor que 10m têm em relação a lotes maiores, remembrados. Porém, pequenos ajustes nos índices urbanísticos podem reestabelecer o equilíbrio e contribuir para uma maior diversidade da forma edificada.
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