Indigenous Morphology
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Indigenous Villages
Fringe Belt
Urban-Rural Gradient
Central Amazon
Garden City

How to Cite

PINHO, G. .; DUARTE CARDOSO, A.; OLIVEIRA, K. Indigenous Morphology: contributions on pre-colonial “garden cities” heritage in Central Amazon. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 12, n. 1, 2024. DOI: 10.47235/rmu.v12i1.335. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org/index.php/rmu/article/view/335. Acesso em: 17 sep. 2024.

Abstract

Modern settlement configurations have replaced spatial patterns of villages and traditional communities, without recognizing that Brazilian urbanism did not begin with the human settlements founded by Europeans. This article departs from the records available in the literature on indigenous configurations and spatialities, to analyze the evolution of their living spaces organization. The analysis follows strategies of morphological studies, by dialoguing with spatial arrangements, implementations, and building typologies. Indigenous territoriality maintains ancestral characteristics dating back to the pre-colonial period, which relate the individual to the group and this to the ecosystem. The organization of ceremonial, housing, production, and forest uses is common to the studied universe, and the greatest morphological permanence is the spatial organization in network or constellation, with the maintenance of forest interstices. Considering the theoretical assumptions of Ebenezer Howard, the indigenous spatial configuration is a concrete sample of a "garden city" that communally manages the Amazon rainforest successfully for over 10,000 years. It is concluded that it is essential to protect and re-signify the records that resist, and recover the inseparable spatial set that can and should serve as a reference for Amazonian cities, in a movement of decolonization of knowledge.

https://doi.org/10.47235/rmu.v12i1.335
PDF (Português (Brasil))

References

Arenz, K. H. (2000) Filhos e filhas do beiradão: a formação sócio-histórica dos ribeirinhos da Amazônia (Faculdade Integrada do Tapajós, Santarém).

Bandeira, A. M. (2010) “Ocupações pré-históricas de pescadores-coletores e ceramistas no Litoral Equatorial Amazônico: a antiguidade cerâmica em foco”, em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 655-680.

Burke, G. L. (1971) Towns in the making. (Edward Arnold, London).

Cardoso, A. C. D. (2021) Trama dos povos da floresta. Revista da Universidade Federal de Minas Gerais, 28(3), 57-87. doi: 10.35699/2316-770x.2021.46237.

Carneiro, M.; Magalhães, S. e Adams, C. (2020) “Territórios e Direitos de Povos Indígenas”. Nexo Políticas Públicas. http://pp.nexojornal.com.br/linha-do-tempo/2020/Territórios-e-direitos-dos-povos-indígenas

Clement, C. R. (2014) “Crop domestication in the Amazon”, Encyclopedia of the History of Science, Technology, and Medicine in Non-Western Cultures, 1-7. doi: 10.1007/978-94-007-3934-5_9876-1

Clement, C. R., Denevan, W. M., Heckenberger, M. J., Junqueira, A. B., Neves, E. G., Teixeira, W. G., e Woods, W. I. (2015) “The domestication of Amazonia before European conquest”. Science, 321 (5892) 1214-1217. doi: 10.1126/science.1159769

Clement, C. R. (2018) “Landscape domestication and archaeology”, Encyclopedia pf global archaeology. 1-8. doi.org/10.1007/978-3-319-51726-1_817-2

Clement, C. R. (2019) “Da domesticação da floresta ao subdesenvolvimento da Amazônia”, cadernos de debate. 14, 11-52.

Costa, M. H. F., e Malhano, H. B. (1986) “Habitação indígena brasileira”. em D. Ribeiro (Org.), Suma Etnológica Brasileira Vol. 2, Tecnologia indígena, (Vozes; Finep, Petrópolis) 27-92.

Cruz, V. C. (2008) “O Rio Como Espaço de Referência Identitária: reflexões sobre a identidade ribeirinha na Amazônia”. em S. C. Trindade Júnior, e M. G. da C. Tavares (Orgs.), Cidades ribeirinhas na Amazônia: mudanças e permanências. (EDUFPA, Belém) 49-69.

Diegues, A. C. (1994) O mito moderno da natureza intocada. (NUPAUB – Universidade de São Paulo, São Paulo).

Dussel, E. (2000) Ética da Libertação: na idade da globalização e da exclusão. (Vozes, Petrópolis).

Eriksen, L. (2011) Nature and Culture in Prehistoric Amazonia: using GIS. to reconstruct ancient ethnogenetic processes from archaeology, linguistics, geography, and ethnohistory. (Lund: Lund Universiry).

Fanon, F. (2008[1952]) Peles negras máscaras brancas. (Edufba, Salvador).

Faustino, C., e Furtado, F. (2015) Economia verde, povos das florestas e territórios: violações de direitos no estado do Acre. (Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente da Plataforma DHESCA - Brasil. Rio Branco).

Gondim, N. (1994) A invenção da Amazônia. (Marco Zero, São Paulo).

Hall, P. (2002) Cities of tomorrow: an intellectual history of urban planning and design in the twentieth century. (Blackwell Publishing, Oxford).

Heckenberger, M. J. (2010) “Archaeology and cultural memory in Amazonia”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 519-544.

Heckenberger, M. J. (2013) “Tropical Garden Cities: archaeology and memory in the southern amazon”. Revista Cadernos do Ceom, 1, 185-207.

Heckenberger, M. J., et al. (2008) “Pre-Columbian Urbanism, Anthropogenic Landscapes, and the Future of the Amazon”. Science, 321(5893), 1214-1217. doi: 10.1126/science.1159769.

Heckenberger, M. J., Petersen, J. B., e Neves, E. G. (1999) “Village size and permanence in Amazonia: two archaeological examples from Brazil”. Latin American Antiquity, 10(4), 353-376. doi: 10.2307/972305.

Heckenberger, M. (2009) “The lost cities of the Amazon: the amazon tropical forest is not as wild as it looks”. Scientific American, 64-71

Heckenberger, M. (2012) “Tropical Garden Cities: cultural values and sustainability in the Amazon’s”. Proceedings Of The 2nd World Sustainability Forum, 1-39

Howard, E. (1902) Garden cities of to-morrow. (S. Sonnenschein e Co., Ltd, London).

IBGE (1999) Noções básicas de cartografia.(Rio de Janeiro, IBGE).

IPCC, (2022) “Summary for Policymakers” em IPCC, Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability. Contribution of Working Group II to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. 3–33, doi:10.1017/9781009325844.001.

IPCC. (2023) Relatório Síntese.Governo Federal do Brasil. https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/sirene/publicacoes/relatorios-do-ipcc/arquivos/pdf/copy_of_IPCC_Longer_Report_2023_Portugues.pdf.

IPCC. (2023) Climate Change 2023: synthesis report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change.(Ipcc. Geneva)

ISA. (2011) Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu: 50 anos.(Instituto Socioambiental, São Paulo).

Jecupé, K. W. (2020) A terra dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio (Peirópolis, São Paulo).

Kopenawa, D.; Albert, B. (2015) A Queda do Céu. (Companhia das Letras, São Paulo).

Leite Filho, D. C. (2010) “Ocupações pré-coloniais no litoral e nas bacias lacustres do Maranhão”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 741-774.

Lima, H. P. (2010) A "longue durée" e uma antiga história na Amazônia Central”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 605-628.

Loureiro, V. R. (2022) Amazônia Colônia do Brasil. (Editora Valer).

Loureiro, V. R. (2019) “Amazônia: da dependência a uma nova situação colonial”. em Castro, E. (Org.). Pensamento crítico latino-americano. (Annablume, São Paulo) 197-224.

Magalhães, M. P. (1994) Arqueologia de Carajás: a presença pré-histórica do homem na Amazônia. (Companhia Vale do Rio Doce, Belém).

Mann, C. C.. (2008) “Ancient earthmovers of the Amazon”, Science, 321 (5893) 1148-1152

McGregor, A. (2022) Biourbanism: cities as nature: a resilience model for anthromes. (Biourbanism Publishing Pty Ltd, London).

McGregor, A. e Cowdy, M. (2023) “Biourbanism | cities as nature: a resilience model for anthromes”. Science Talks, 7, 100238. http://dx.doi.org/10.1016/j.sctalk.2023.100238.

Mignolo, W. D. (2003) Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. (Ed. UFMG, Belo Horizonte)

Mignolo, W. D. (2017) “Colonialidade: O Lado Mais Escuro Da Modernidade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 32(94) 01–17 DOI:: https://doi.org/10.17666/329402/2017

Moraes, C. P. (2010) “Aldeias circulares na Amazônia Central: um contraste entre fase paredão e fase guarita”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 581-604.

Moraes, C. P., e Neves, E. G. (2012) “O ano 1000: adensamento populacional, interação e conflito na Amazônia Central”. Amazônica, 1(4), 122-148.

Neves, E. G. (2006) Arqueologia da Amazônia. (Zahar, Rio de Janeiro).

Neves, E. G. (2010) “Arqueologia da Amazônia Central e as classificações na Arqueologia Amazônica”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 561-580.

Neves, E. G. e Castriota, R. (2023) “Urbanismos tropicais”. Piseagrama, (edição especial Vegetalidades, Belo Horizonte) 64-73.

Oliveira, K. D. (2020) “Entre a Várzea e Terra Firme - Estudo de espaços de assentamentos tradicionais urbanos rurais na Região do Baixo Tocantins”, Dissertação de Mestrado não publicada, Universidade federal do Pará, Brasil.

Py-Daniel, A. R., et a.l. (2017) Uma Santarém mais antiga sob o olhar da Arqueologia. (Mpeg, Belém).

Py-Daniel, A.R. (2010) “O que o contexto funerário nos diz sobre populações passadas: o sítio Hatahara”. em Pereira E., e Guapindaia V. (Orgs.), Arqueologia Amazônica 2 (Mpge; Iphan; Secult., Belém) 629-654.

Quijano, A. (2005) “Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina”. em A colonialidade do saber. Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. 227–278.

Roosevelt, A. C. (1993) “The Rise and Fall of the Amazon Chiefdoms”. L' Homme, 33(126) 255-283. http://dx.doi.org/10.3406/hom.1993.369640.

Saunier, C. (2023) "Espaços construídos dos quilombos no Pará - séculos XIX ao XXI", Tese de Doutoramento não publicada, Universidade Federal do Pará, Brasil.

Smith, N. (1988) Desenvolvimento Desigual. (Bertrand Brasil, Rio de Janeiro).

Souza, M. (2019) História da Amazônia: do período pré-colombiano aos desafios do século XXI. (Record, Rio de Janeiro).

Souza, M. (1997) A Expressão Amazonense: do colonialismo ao neocolonialismo. (AlfaOmega São Paulo).

Tagore, M. de P. B.; Monteiro, M. de A e Canto, O. do. (2020) “A cadeia produtiva do açaí: estudo de caso sobre tipos de manejo e custos de produção em projetos de assentamentos agroextrativistas em Abaetetuba, Pará. Amazônia, Organizações e Sustentabilidade”, Galoa Events Proceedings 8(2) 99.

Weimer, G. (2018) Arquitetura indígena: sua evolução desde suas origens asiáticas. (Edigal, Porto Alegre).

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Giselle Fernandes de Pinho, Ana Cláudia Duarte Cardoso, Kamila Oliveira

Downloads

Download data is not yet available.